Após semanas de especulações, os Estados Unidos anunciaram na última sexta-feira (15) a retomada do turismo com a reabertura do país para turistas vacinados contra a Covid-19 a partir de 8 de novembro.
A abertura vale para viagens aéreas e terrestres ao país e foi confirmada pelo assessor da Casa Branca, Kevin Munoz. “A nova política de viagens dos EUA que exige vacinação para viajantes estrangeiros nos Estados Unidos começará em 8 de novembro”, publicou Munoz no Twitter.
“Este anúncio e data se aplicam a viagens aéreas internacionais e terrestres. Essa política é pautada pela saúde pública, rigorosa e consistente.”
No entanto, ainda restava a interrogação a respeito dos menores de 12 anos, que não são elegíveis para receber imunizantes tanto no território brasileiro quanto no americano, assim como em boa parte do mundo.
A emissora de tevê canadense Global News questionou o porta-voz da Casa Branca e confirmou nesta segunda (18) que crianças não vacinadas poderão fazer turismo nos EUA, se acompanhadas de um adulto responsável totalmente vacinado.
Agora, a partir de 8 de novembro, os Estados Unidos admitirão viajantes estrangeiros totalmente vacinados de 26 países que formam o Espaço Schengen, incluindo França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça e Grécia, bem como Grã-Bretanha, Irlanda, China, Índia, África do Sul, Irã e Brasil.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos orientou que todas as vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devem ser aceitas no país.
As autoridades sanitárias liberaram, para o turismo, visitantes que tenham recebido qualquer imunizante aprovado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para uso emergencial. São eles os dos laboratórios Janssen, Pfizer, Moderna, AstraZeneca (Covishield ou Vaxzevria), Sinopharm e Sinovac, conhecido no Brasil como a vacina CoronaVac.
Cidadãos que receberam esquema vacinal misto, ou seja, doses de mais de um tipo de vacina, também serão considerados totalmente imunizados após duas ou três doses.
Turistas que entrarem em território americano por via terrestre ou marítima não precisarão ser testados. No entanto, os que chegarem por via aérea deverão apresentar, ao desembarcar, um exame do tipo PCR com resultado negativo realizado até 72 horas antes da viagem.
O governo americano ainda não detalhou qual será o protocolo adotado em relação a adolescentes entre 12 e 18 anos, embora a faixa etária se qualifique para vacinação tanto no Brasil quanto nos EUA.
Restrições para viajantes não essenciais nas fronteiras terrestres estão em vigor desde março de 2020 para conter a pandemia do coronavírus.
Já as restrições a cidadãos não americanos foram impostas aos viajantes aéreos da China em janeiro de 2020 pelo então presidente Donald Trump e, em seguida, estendidas a dezenas de outros países, sem nenhuma métrica clara de como e quando retirá-las.
Os EUA ficaram atrás de muitos outros países no fim de tais restrições, e os aliados receberam bem a mudança.
As restrições impostas impediram viajantes da maior parte do mundo, incluindo dezenas de milhares de estrangeiros com parentes ou negócios no país.
A Casa Branca anunciou nesta terça-feira que suspenderia as restrições em suas fronteiras terrestres e travessias de balsa com o Canadá e o México para estrangeiros totalmente vacinados no início de novembro.
Visitantes não vacinados ainda serão impedidos de entrar nos Estados Unidos vindos do Canadá ou do México pelas fronteiras terrestres. Em agosto, o Canadá começou a permitir visitantes americanos totalmente vacinados para viagens não essenciais.